About the Artist Na minha frente, o branco da tela. Rectângulo de ouro entretecido onde repousa a alvura primordial aguardando a lenta transmutação, a alquimia mágica das cores. EquilÃbrio perfeito. A unidade originou a dimensão indizÃvel mas que cabe, inteira, num abraço. A mão multiplica carÃcias de azul e cinza, traça na sombra fugazes meteoros, arranha no pano indeléveis cicatrizes. Semeia planetas. Derrama no espaço a claridade difusa de alvoradas de névoa. Da simetria dos gestos repetidos emergem texturas diluÃdas na harmonia dos rectângulos que a fórmula antiga gerou. Silenciosos e imóveis. Portais de um universo sem nome. Sem princÃpio nem fim. Eterno.
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